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quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Imagens aéreas mostram que avião da Chapecoense bateu em morro


Disposição dos destroços sugere que a aeronave primeiro colidiu com o topo da montanha; ao menos 71 pessoas morreram e outras seis ficaram feridas.

Sobrevoo de lugar onde caiu o avião que levava delegação da Chapecoense.
Imagens aéreas mostram o local onde o Avro RJ-85 que levava a delegação da Chapecoense bateu, na montanha de Cerro Gordo, nos arredores de Medellín.
No acidente, na terça-feira (29), ao menos 71 pessoas morreram. Houve seis sobreviventes. A aeronave levava, além da equipe da Chapecoense, dirigentes e jornalistas. A aeronave, da companhia aérea boliviana LaMia, havia saído de Santa Cruz de la Sierra (Bolívia) rumo a Medellín.
No vídeo, que circula em redes sociais e aparentemente foi feito por integrantes da equipe de resgate colombiana, é possível ver que uma pequena concentração de destroços no topo da montanha e, em seguida, a maior parte na base dela.
A disposição dos destroços sugere que a aeronave bateu primeiro no topo da montanha. Autoridades colombianas trabalham no resgate dos corpos e investigadores apuram as causas do acidente.
Veja a lista de mortos na tragédia, que inclui 19 atletas e 21 jornalistas.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Atlético de Medellín pede que Chapecoense seja declarado campeão da Copa Sulamericana


Clube clombiano e Confederação Sul-Americana de Futebol emitiram notas onde declaram apoio e prestam solidariedade ao clube brasileiro.

por 
29/11/2016 - 09:20 - Atualizado em 29/11/2016 - 09:57
(Crédito: Reprodução Facebook)
O Atlético Nacional de Medellín, clube que disputaria a final da Copa Sulamericana contra o Chapecoense, abriu mão do título e solicitou que o clube brasileiro seja declarado o campeão da edição deste ano. Tanto a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) quanto o Atlético Nacional de Medelín emitiram nota onde lamentam o ocorrido.
Na nota, o Atlético de Medellín destaca a fala do presidente do clube, Juan Carlos de La Cuesta, onde ele declara apoio e solidariedade ao clube brasileiro; confira:
“Atletico Nacional lamenta profundamente e se solidariza com a família e amigos Chapecoenses pelo acidente no leste Antioquenho [região onde fica Medellín]. 
A equipe brasileira que estava indo para o aeroporto José Maria Cordova, foi dada como desaparecida e agora se confirma o acidente, onde os feridos estão sendo transferidos para centros médicos locais. 
‘Nós esperamos que a tragédia não seja maior e estamos aguardando informações oficiais das autoridades. Do ponto de vista institucional apoiamos e estamos solidários com o clube Chapecoense’, diz o presidente nacionalista Juan Carlos de la Cuesta.
Já na nota da Conmebol, a confederação afirma estar em contato com as autoridades locais e espera avanços oficiais. O presidente da confederação, Alejandro Domingues, está a caminho de Medellín para acompanhar as investigações; confira a nota;
“A Confederação Sul-Americana de Futebol confirma que foi notificada por autoridades colombianas de que o avião no qual viajava a delegação da Chapecoense do Brasil sofreu um acidente em sua chegada à Colômbia. Estamos em contato com as autoridades e à espera de avanços oficiais. 
A família CONMEBOL lamenta enormemente o ocorrido. 
Todas as atividades da Confederação foram suspensas até novo aviso. 
O Presidente Alejandro Domínguez neste momento está trasladando a Medellín.”

PREFEITA DOIDINHA FAZ VÍDEOS MALUCOS

OLHA SÓ A MENSAGEM NO CANAL DELA POSTADO POR ALGUEM.


Vejo nossa atual prefeita sofrendo bombardeios de críticas e xingamentos, muitas das pessoas que fazem tais atos não procuram nem saber a fundo oque se passa e mesmo assim crítica. Nossa atual prefeita Daniela trouxe sim melhorias para nossa cidade, melhorias que nem todos veem ou comentam e quando veem comentam e criticam. Nossa prefeita Daniela chegou e encontrou a prefeitura defasada pelo antigo governo e mesmo assim lutou para trazer melhorias, incentivou a cultura, pavimentou ruas, foi atrás da construção da maternidade, entre outros. Vem buscando sempre debates com a população para saber opiniões. Muitos misturam a vida pessoal dela com obrigações do cargo e a desrespeitam. Nenhum outro administrador que nossa cidade teve fez tanto pelos jovens. Daniela trouxe melhorias sim e eu acredito em mais mudanças.



segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Hackers invadiram sistemas de bancos e depois apenas coletaram notas liberadas em um horário determinado.

Como funciona o golpe que fez com que caixas eletrônicos europeus cuspissem milhões em notas de dinheiro




BBC
28/11/2016 11h47 - Atualizado em 28/11/2016 11h47

Como funciona o golpe que fez com que caixas eletrônicos europeus cuspissem milhões em notas de dinheiro

Hackers invadiram sistemas de bancos e depois apenas coletaram notas liberadas em um horário determinado.

Da BBC
Parece cena de filme ou parte de um sonho: o caixa eletrônico começa a fornecer mais dinheiro do que solicitamos sem que nossa conta bancária seja afetada. Ou seja: um terminal que dá dinheiro de presente.
Uma empresa da Rússia especializada em segurança online, o grupo IB, alertou na quarta-feira sobre um ataque coordenado a vários caixas automáticos na Europa com o uso de um software malicioso para fazer com que mas máquinas simplesmente cuspissem dinheiro.
E não é preciso sequer usar um cartão ou digitar a senha. O ataque aos caixas foi batizado de touchless jackpotting ("saque sem contato", em tradução livre). O IB explicou que hackers conseguem invadir os centros de informações de bancos e instalam ali o programa que permite configurar vários caixas eletrônicos para que entreguem o dinheiro de forma simultânea e em horas predeterminadas.
Outros membros do grupo de hackers são encarregados de ir até os caixas para retirar as notas. "Esta técnica não envolve nenhuma manipulação física dos caixas eletrônicos. E, em apenas um golpe, sacaram até US$ 400 mil (cerca de R$ 1,3 milhão)", explicou o grupo IB em um relatório.
Os países afetados pelo golpe foram Armênia, Estônia, Holanda, Espanha, Polônia e Reino Unido. A empresa não divulgou quais bancos foram afetados. "Observamos estes ataques coordenados na Rússia desde 2013", disse à BBC Dmitriy Volkov, do grupo IB.
"A ameaça é grave. Os hackers conseguem acesso à rede interna dos bancos e a sistemas de informações confidenciais. Isto permite que eles roubem o banco." A estimativa é de que existam cerca de 70 mil caixas eletrônicos no Reino Unido
Manobra
Duas fabricantes de caixas automáticos, a Diebold Nixdorf e a NCR Corp, disseram à agência de notícias Reuters que já sabem da ameaça. "Eles levaram (os ataques) a um outro nível, no qual conseguem atacar um grande número de máquinas de uma vez", disse Nicholas Billett, um dos diretores da Diebold Nixdorf.
"Sabem que serão pegos muito rapidamente, então planejam de um jeito em que podem coletar o dinheiro do máximo de caixas que puderem antes de serem pegos."
A estimativa é de que existam na Europa pelo menos 410 mil caixas eletrônicos. O país com o maior número destes dispositivos é a Grã-Bretanha, com 70 mil. Calcula-se que cada um destes caixas tenha capacidade para carregar, em média, até US$ 200 mil (cerca de R$ 674 mil) em dinheiro.


Siga o dinheiro
Um relatório recente da Europol alertou sobre um aumento no uso de malware em caixas eletrônicos. No entanto a técnica de fraude mais comum ainda é o "skimming", o roubo de informações do usuário da conta ainda na máquina com ajuda de hardware.
"O novo método está sendo praticado por alguém que tem acesso ao sistema central do banco e infecta comunidades inteiras de caixas de forma simultânea, consequentemente multiplicando a quantidade de dinheiro que consegue roubar em pouco tempo", afirmou Alan Woodward, especialista em segurança online da Universidade de Surrey, na Grã-Bretanha.
Para Woodward, o fato de os criminosos coletarem o dinheiro pessoalmente tornou ainda mais difícil a solução destes crimes.
"A maneira clássica de resolver crimes financeiros é 'seguir o dinheiro', mas quando você não consegue mais fazer isso, é muito difícil encontrar quem comete o delito. Mesmo quando as provas sugerem que tenha sido um pequeno grupo de pessoas que começaram a cometer este tipo de crime."

Série sobre Bruna Surfistinha estreia em 8 de outubro no canal pago Fox 1

"Me chama de Bruna" terá oito capítulos e Maria Boop no papel da protagonista





Depois do sucesso com blog, livro e filme, a ex-prostituta Raquel Pacheco, que ficou conhecida como Bruna Surfistinha, agora é tema de uma série de TV, que já tem data marcada para estrear. O primeiro episódio de Me chama de Bruna deve ser transmitido no dia 8 de outubro, às 22h, no canal pago Fox 1, de acordo com o site Notícias ao Minuto.


Com oito capítulos, o seriado deve contar a trajetória de Raquel ao se tornar garota de programa e passar a ser conhecida como Bruna Surfistinha. Marcia Faria é a diretora, e a atriz Maria Bopp interpreta a protagonista.
 A produção ficou por conta da TV Zero, que, segundo a colunista Patricia Kogut, já ofereceu uma segunda temporada para a Fox 1.
gunda temporada para a Fox 1.

domingo, 27 de novembro de 2016

INFERNO EXISTE????





10. A Bíblia mal menciona algo como o inferno


De acordo com Romanos 6:7, “todo aquele que morreu já foi justificado do pecado”. Se os pecados de uma pessoa são apagados com a sua morte, por que existir a punição adicional do inferno?
Romanos 6:23 prossegue, afirmando que “o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna por intermédio de Cristo Jesus, nosso Senhor”. Note que não há nenhuma menção dos pecadores sendo condenados à tortura eterna; eles simplesmente não recebem a recompensa por uma vida justa.
Da mesma forma, 2 Tessalonicenses 1:9 diz que “Eles sofrerão a pena de destruição eterna, a separação permanente da presença do Senhor e da majestade do seu poder”. Ou seja, a punição para aqueles considerados ímpios não é tortura de fogo, mas a destruição.
João 3:36 afirma algo parecido. “Quem crê no Filho tem a vida eterna; aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele”.
Enquanto isso, Judas 1:7 menciona “fogo eterno”, mas apenas no contexto de Sodoma e Gomorra, literalmente destruídas pelo fogo eterno da ira de Deus.
Algo remotamente parecido com a visão de “inferno” da cultura popular aparece em breves menções no Livro do Apocalipse e duas das parábolas de Cristo. Mas se um lugar de tormento eterno foi realmente concebido como um componente integral do cristianismo, não é estranho que a Bíblia nunca parece prestar atenção a ele?

9. Interminável castigo não faz sentido bíblico


De uma perspectiva cristã, a ideia do inferno não é apenas cruel e incomum, bem como totalmente excessiva. Será que um Deus descrito na Bíblia como verdadeiro, justo e correto aprovaria algo como punição eterna?
1 João 4:8 diz que “Aquele que não ama não conhece a Deus, porquanto Deus é amor”. Será que um Deus que é o próprio conceito de amor torturaria eternamente um filho Seu como castigo, mesmo que ele tivesse feito algo ruim?
Deuteronômio 19:21 afirma: “Portanto, não considerarás com piedade esses casos: alma por alma, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé!”. Tal sanção de igualdade parece um pouco fora de sincronia com a ideia de uma angústia literalmente infinita.
O inferno popular parece ainda mais bizarro depois de considerar as palavras de Deus em Jeremias 7:31: “Eles construíram o alto de Tofete no vale de Ben-Hinom, a fim de queimarem seus próprios filhos e filhas como holocausto, sacrifício que jamais ordenei e nem sequer pensei em requerer”. Se a ideia de seres humanos sendo queimados é tão desagradável para Deus que nunca sequer entrou em Seus pensamentos, o que diria Ele então do inferno?

8. Muitas referências ao inferno foram erros de tradução


Quando se trata de equívocos sobre o inferno, a popular versão da Bíblia do rei Jaime, do século 17, é campeã. Nela, o profeta Jonas esteve na “barriga do inferno”, enquanto Davi insiste que Deus estaria com ele mesmo no inferno. Até Jesus aparece no inferno após a sua morte na cruz. Isto, obviamente, não faz sentido.

A Bíblia afirma repetidamente que o inferno, o que quer que seja, envolve a separação de Deus. Então, por que Jesus aparece por lá e Davi está tão seguro de que Deus estaria com ele lá?
A resposta é que essa versão traduziu um monte de diferentes palavras gregas e hebraicas sob o termo “inferno”. As palavras em questão são Hades, Sheol, Tártaro e Geena, com significados muito diferentes em seu contexto original. Por exemplo, Hades e Seol, que são palavras mais ou menos equivalentes em grego e hebraico, não podem nem razoavelmente ser traduzidas como “lugar de tormento”, algo que a palavra “inferno” geralmente implica. Uma tradução melhor seria “sepultura” ou “vida após a morte”. Esses termos sequer carregam um juízo de valor como o do “inferno”, uma vez que somente os ímpios vão para o inferno, mas todas as almas vão para Sheol após a morte.
A Nova Versão Internacional da Bíblia faz uma referência muito menos dramática de certas passagens. Ela se refere ao inferno somente 15 vezes, em comparação com 54 menções na Bíblia do rei Jaime. Ainda assim, muita confusão e desentendimento foram causados pelos primeiros tradutores da Bíblia.

7. Geena é controversa


Já explicamos que “Hades” e “Sheol” não correspondem à percepção moderna do inferno. “Tártaro” é também ocasionalmente traduzido como “inferno”, mas o termo só aparece uma vez na Bíblia, e não em relação aos seres humanos, por isso tem pouca relevância. E quanto à “Geena”?
Esse é certamente o termo bíblico mais traduzido como “inferno”. Por exemplo, a Nova Versão Internacional de Mateus 5:30 afirma: “E, se tua mão direita te fizer pecar, corta-a e atira-a para longe de ti; pois te é melhor que um dos teus membros se perca do que todo o teu corpo seja lançado no inferno”. Assustador, não? Tudo se resume à controvérsia sobre o significado exato de “Geena” expressa aqui como “inferno”.
A palavra em si é uma tradução grega dos termos hebraicos “ge-hinnom” e “ge-ben-hinnom”, que significam “vale dos filhos de Hinom” e se referem a um vale real próximo a Jerusalém antiga. O vale aparece pela primeira vez no Antigo Testamento como a localização de sacrifícios pagãos de crianças, que continuam pelo menos até 2 Reis 23:10, que descreve como Josias destruiu o lugar de tal ordem que “ninguém mais conseguiu sacrificar ali seus filhos e filhas, queimando-os em adoração ao deus Moloque, como era costume se fazer”.
Uma explicação é que, na época de Jesus, o termo Geena foi aparentemente usado metaforicamente para se referir a um lugar de destruição. É interessante notar que o hebraico não tem nenhuma palavra para tal conceito e Jesus aparentemente não sentiu necessidade de introduzir um, preferindo fazer alusões históricas.
Ou então, segundo alguns estudiosos, o vale de Geena tornou-se de fato um lugar essencialmente incinerador na época de Cristo. Ele constantemente consumia o lixo da cidade e os corpos de criminosos e desonrados. Esta tradição é bastante antiga, mas não é suportada por qualquer evidência ou relatos antigos. Em qualquer caso, nenhuma das referências de Cristo a Geena sugerem qualquer tipo de tormento eterno. Remover os injustos da existência, como os versículos sugerem, não soa particularmente parecido com torturá-los para sempre.

6. Jesus não inventou parábolas sobre o inferno

inferno religiao crista 6
A ideia de um inferno de fogo é quase completamente alheia à Bíblia, exceto por algumas menções incluindo a parábola do homem rico e Lázaro, conforme registrado em Lucas 16:19-31.
Na história, um homem rico ignora a vida toda um mendigo, chamado Lázaro. Mas o par de experimenta uma inversão de papéis após suas mortes, quando Lázaro é levado pelos anjos para uma existência feliz no seio de Abraão, enquanto o homem rico se vê atormentado em um fogo ardente. O homem rico implora a Lázaro para ter pena dele e trazê-lo um pouco de água, mas Abraão ressalta que o homem rico viveu uma grande vida e nunca teve pena de Lázaro. Abraão também se recusa a ressuscitar Lázaro para avisar a família do homem rico para mudar suas maneiras, argumentando que eles podem optar por seguir os profetas ou não, mas testemunhar um milagre não vai de repente transformá-los em boas pessoas.
Este é provavelmente o mais próximo que a Bíblia chega da concepção moderna do inferno. No entanto, é importante notar que a Bíblia não apresenta essa parábola como uma história verdadeira ou uma advertência direta sobre a vida após a morte. As parábolas de Cristo são claramente histórias fictícias destinadas a transmitir uma mensagem.
O conto do homem rico e Lázaro é precedido pela parábola do mordomo infiel, onde um servo defrauda seu mestre e é recompensado por isso. Se você ignorar o significado mais profundo das parábolas, concluirá que Jesus achava que roubar de seu chefe era uma coisa boa.
Só que, na verdade, essas parábolas nem sequer foram criadas por Jesus. Estudiosos há muito identificaram o esboço geral dessa história de Lázaro (o mendigo recompensado após a morte, enquanto o homem rico é punido) como um conto popular egípcio conhecido de instrutores religiosos judeus, como os fariseus, ao ponto da literatura judaica primitiva conter pelo menos sete versões da narrativa.
No relato de Lucas, Jesus só conta a parábola do homem rico depois que os fariseus zombam de sua parábola original do mordomo infiel, usando uma de suas próprias histórias favoritas para demonstrar a hipocrisia de tais fariseus.

5. Vários versículos sobre um lugar como o inferno não são conclusivos

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A Bíblia contém uma referência à tortura de fogo eterno em Apocalipse 20:10-15: “Eles serão atormentados dia e noite pelos séculos dos séculos”. Mas quem são “eles”? Coisas como o Diabo, a Besta e o Falso Profeta, que não são pessoas reais. Em outras palavras, tal referência é um simbolismo.
Existe também a parábola da ovelha e dos bodes, como encontrada no Livro de Mateus. Na história, Jesus aparece para falar do Juízo Final: “Ide para o fogo eterno, preparado para o Diabo e os seus anjos”. A parábola termina com uma aparente referência ao tormento sem fim: “Sendo assim, estes irão para o sofrimento eterno, porém os justos, para a vida eterna”.
Essa passagem é considerada a chave por trás da concepção popular de inferno. No entanto, muitos teólogos argumentam que essa interpretação contradiz uma série de outros versículos da Bíblia que explicam o destino dos ímpios no Juízo Final como a destruição através da “segunda morte”.
Se os injustos são destruídos, eles não podem ser atormentados para sempre. Alguns estudiosos bíblicos argumentam que, enquanto o fogo da punição é descrito como eterno, isso não significa que os ímpios serão punidos por toda a eternidade. Em outras palavras, a punição eterna (“aionios kolasis”) dura para sempre, mas a própria punição é simplesmente destruição imediata.
Testemunhas de Jeová e outros grupos que não acreditam no inferno vão ainda mais longe, argumentando que a palavra kolasis não deve ser traduzida como “punição”. Citando sua derivação de um termo grego para “poda de árvores”, eles sugerem que seria melhor traduzida como “corte”, “destruição” ou mesmo “morte”. A última interpretação transformaria “aionios kolasis” em “morte eterna”, um agradável contraste com a “vida eterna” prometida aos justos.
O termo “kolasis” só aparece duas vezes no Novo Testamento, mas o Velho Testamento em grego usa a palavra para se referir a punição em geral, e a morte como uma forma de punição, sugerindo que “punição eterna” e “morte eterna” são duas traduções válidas.

4. Mesmo os primeiros padres não concordavam sobre a existência do inferno

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Nem mesmo os primeiros padres das igrejas cristãs primitivas concordavam em seus conceitos sobre o inferno. Justino Mártir, Clemente de Alexandria, Tertuliano e Cipriano estavam entre aqueles que consideravam que o inferno era um lugar literal de tormento ardente. Orígenes e Gregório de Níssa discordavam, dizendo que o inferno era simplesmente a separação de Deus.
Embora a ideia de condenação eterna de fogo possa ser encontrada tão cedo quanto no livro apócrifo do século II “Apocalipse de Pedro”, não parece ter-se tornado dominante no pensamento cristão até por volta do século V dC. Ironicamente, essa visão foi fortemente inspirada pelo filósofo e matemático grego Platão, que não era cristão, e a quem o historiador francês Georges Minois creditou com “a maior influência sobre as visões tradicionais do inferno”.
O Mito de Er de Platão apresenta uma vida futura em que os pecadores são punidos ou recompensados na proporção de suas más ações na vida. Seja qual for sua opinião sobre a existência do inferno, as punições específicas citadas por Platão definitivamente não têm apoio bíblico. Mesmo assim, podem ser detectadas em muitas versões populares de um inferno, mais notavelmente o Inferno de Dante.
Nos tempos modernos, muitas denominações cristãs se afastaram da concepção do Inferno de Santo Agostinho como um lugar físico abaixo da Terra. Por exemplo, desde 1992, através de uma decisão do Papa João Paulo II, ensina-se no Catecismo que o inferno é simplesmente um estado de “autoexclusão definitiva da comunhão com Deus e com os abençoados”.

3. Alguns aspectos do inferno parecem distintamente não cristãos

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Vários aspectos da visão de inferno parecem emprestados de outras culturas. Por exemplo, a religião egípcia antiga contava com uma caverna possuindo um “lago de fogo” onde as almas dos ímpios eram punidas por suas transgressões. Os primeiros mesopotâmios também acreditavam que o submundo era subterrâneo, embora não fosse um lugar de castigo eterno.
Uma comparação particularmente interessante pode ser feita entre a ideia popular de inferno e o Zoroastrismo, uma religião antiga originada no que hoje é o Irã. Nos primeiros textos zoroastristas, as almas dos pecadores são julgadas após a morte e condenadas a punição eterna no submundo, que o Livro de Arda Viraf descreve como um poço cheio de fogo, fumaça e demônios. As almas são torturadas de acordo com a gravidade de seus pecados em vida, e tal tortura é presidida por Angra Mainyu, “o grande espírito do mal”. Isso soa muito parecido com o inferno da cultura pop moderna.
Esses detalhes não têm nenhuma base na Bíblia. O Inferno zoroastrista é composto por demônios e governado por uma figura diabólica, enquanto o Diabo cristão e seus seguidores não têm nenhum papel na vida após a morte e são o único grupo claramente destinado a punição em “Tártaro”.

2. O conceito é estranho ao Antigo Testamento

inferno religiao crista 2
Mesmo as menções fracas ao inferno no Novo Testamento parecem melhores em comparação com o Antigo Testamento, que claramente não mostra nenhum conceito de um lugar de tormento eterno.
Escrituras como Jó 3:11-17 sugerem que a morte é simplesmente uma cessação: “Ora, por que não me foi tirada a vida ainda no ventre de minha mãe? Por que não morri ao nascer? (…) Porquanto, se assim fora, agora estaria dormindo, jazeria em paz e desfrutaria de tranquilidade e descanso. (…) Se minha mãe tivesse tido um aborto, às escondidas, eu não teria continuado a existir e seria como as crianças que nunca viram a luz do dia. Na sepultura termina a ambição e a maldade dos ímpios, ali também repousam em paz os atribulados pela vida”.
Eclesiastes 3:19 soa ainda mais cético sobre a possibilidade de vida após a morte: “Porquanto a sorte do ser humano e a do animal é idêntica: como morre um, assim morre o outro, e ambos têm o mesmo espírito, o mesmo fôlego de vida; de fato, o ser humano não tem vantagem alguma sobre os animais. E, assim, tudo não passa de uma grande ilusão!”.
Mesmo no início da Bíblia, em Gênesis, a punição de Adão e Eva por não ouvir as instruções de Deus e comer do fruto proibido não foi a ameaça do fogo do inferno, mas sim de morte: “porque tu és pó e ao pó da terra retornarás!”.

1. O inferno é simplesmente uma tática de intimidação

inferno religiao crista 1
Como vimos até agora, um estudo cuidadoso da Bíblia sugere que a ideia de inferno como castigo eterno não é verdadeira, ou não tem base na religião cristã. Então, por que tanta gente, até mesmo dentro da Igreja Católica, insiste nisso até hoje?
Não se pode negar que a ideia de inferno tem sido usada como uma tática de intimidação para manter as pessoas na linha ou atingir um objetivo desejado há muito tempo. Por exemplo, se as pessoas não temessem o inferno, por que comprariam um lugar no céu?
Até figuras como a Rainha Maria I da Inglaterra usaram a doutrina como uma desculpa para perpetrar barbáries. Antes de sentenciar um grupo de protestantes para ser queimado vivo, ela supostamente declarou que tal punição era adequada para seus corpos na Terra, visto que suas almas eternamente queimariam no inferno.
Mesmo nos tempos modernos, o tema “acredite ou você vai para o inferno” é comum, completo com descrições vívidas de ranger de dentes, gritos dos condenados e odor de carne escaldante. Como tantas outras táticas de chantagem, a ideia de “arder no fogo do inferno” pode exercer um apelo poderoso sobre os crentes.
Para finalizar a argumentação contra um inferno, voltemos mais uma vez à parábola do homem rico e Lázaro, frequentemente citada como “prova bíblica” da doutrina do inferno. Muitos poderiam dizer que, na verdade, ela carrega a mensagem oposta. No final da parábola, Abraão não concorda em enviar Lázaro de volta à Terra para advertir os pecadores do destino terrível que os aguarda na vida após a morte justamente porque ele acredita que a justiça só pode vir da crença, ao invés do medo de alguma punição sobrenatural. [Listverse]